20) “Stars”
Patrick Wolf
Depois de dois bons mas irrgulares discos, Patrick Wolf voltou com um álbum que é perfeito nas misturas de folk, eletrônica e pop old school que marca a carreira do cara. “Stars”, penúltima faixa de “The Magic Position”, é o melhor exemplo do que ele é capaz de fazer: sintetisadores, violinos e piano caminhando juntos num crescendo de harmonia absurdo, que maximiza o sentimento de alma lavada do álbum e de toda música de Wolf. Novo Bowie? Bem que pode ser.

19) “Make it wit chu”
Queens Of The Stone Age
Depois a psycho-excentricidade chata de parte do “Lullabies To Paralyse”, o QOTSA voltou com um álbum que é um mais do mesmo do começo ao fim, só que dos bons. E cabe a melhor faixa de “Era Vulgaris” resumir o disco e carreira do grupo. Na superfície, é só uma balada soul-rock, mas ouça de perto e você ser invadido por um caleidoscópio de referências, – doses fartas de blues, psicodelia, country, e rock garageiro – tudo costurado pelo melhor vocal de Josh Homme.

18) “1 2 3 4”
Feist
A feel-good-song-of-the-year. Uma melodia feliz, uma interpretação feliz, uma letra feliz, um clipe ultra-feliz, um comercial feliz. Se você não cometeu assassinatos de velhinhas lerdas, xingou a mãe do motorista ao lado, ou mandou o mundo inteiro para aquele lugar, pode ter sido por causa dessa música.

17) “Tears dry on their own”
Amy Winehouse

Para o bem ou para o mal, 2007 foi o ano da Wino. Entre sucesso massivo e a sarjeta, a magrela teve tempo ainda de lançar esse single maravilhoso que ficou em loop por vários e vários meses no cd player aqui de casa. É basicamente o que “Back To Black” tem de melhor: soul sessentista sobre ser um love-junkie, com arestas polidas pela produção caprichada do Mark Ronson.

16) “Atlas”
Battles
O single que puxou o promissor “Mirroed” é um resumo do que fez do Battles umas das coisas mais interessantes do pop em 2007. Não se engane. Assim como a Britney, o Fall Out Boy e os Arctic Monkeys, o Battles é pop. Talvez não da maneira que você estava esperando, mas ainda POP. Em “Atlas”, a banda desmonta o quebra-cabeça do rock setentista (de Can a Led Zeppelin, de Black Sabbath a Gang Of Four), para então transformar a música no melhor rock de arena que apareceu durante o ano. Os meios podem até ser diferentes, mas o fim – galera fazendo air guitar, batendo cabeça e cantando o refrão (?) – é o mesmo de 30 anos atrás.

15) “I’m gonna teach your boyfriend how to dance with you”
Black Kids
Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de dançar e como eu até faço isso adequadamente (eu acho ou as pessoas mentem…). E todo mundo sabe que a minha vida é buscar as pop songs de três minutos. Então, não é difícil entender porque “I’m not gonna teach your boyfriend how to dance with you” é uma das melhores canções do ano passado. Pop perfeito de 3 minutos que junta Smiths, Cure, Strokes com soul music (nova paixão, anota aí) numa letra que fala sobre dançar bem e ainda sim não conseguir a garota que você quer. Clássico, já.

14) “Grip like a vice”
The Go! Team
O Go! Team não é uma única banda, são vários grupos, cada um tocando uma coisa diferente, só que com a mesma formação. Apesar de não ser tão impactante quanto a estréia “Thunder, Lightining And Strike”, o segundo disco do coletivo inglês trouxe essa pérola chamada “Grip like a vice”. Em menos de 4 minutos, o Go! Team junta rock de estádio, girl groups dos anos 60 (via Spice Girls), new rave, Public Enemy e noise rock, sem que em momento algum a bagunça atordoe o ouvinte.

13) “Mistaken for strangers”
The National
Como a ovelha negra que insiste em jogar os podres a família feliz no ventilador, o National foi a banda anti-2007 e tudo que isso respresenta. Não há esperança, não há hedonismo e não há palavras felizes em “Mistaken for strangers”. Estamos tão fodidos que nem nossos amigos nos reconhecem mais, é o que canta a voz cavernosa de Matt Beringer. No som, a determinação de Bruce Springsteen (sempre ele!) encontra a desolação conformada do Joy Division numa das canções mais aterradoras do ano.

12) “You! Me! Dancing!”
Los Campesinos!
Desde que ouvi essa pela primeira vez, achei impossível que alguém no mundo pudesse não gostar dela. “You! Me! Dancing!” é tão feliz, tão entusiasmada com a vida que fica impossível não sorrir quando os três acordes que formam coluna vertebral da música aparecem pela primeira vez. A canção junta New Order, Belle And Sebastian e Guided By Voices em doses equilibradas e a letra…bem, a letra fala sobre dançar, dançar com seus amigos e não ligar para o que os outros pensam disso, mesmo que você não saiba dar um passo na pista. It’s you! It’s me! And there’s dancing! Dá para querer outra coisa?

11) “Your urge”
Maxïmo Park
É o mesmo caso de “Antes que eu me esqueça”, só que “Your urge” está no 11º lugar dessa lista. Balada nervosa que embalou alguns momentos emocionalmente decisivos de 2007. Enough said.

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