“Antiga Alegria” (Kelly Reichardt, 2006) – Nota: 6,5
A impressão que dá quando a tela escurece e o título orginal do filme toma o grande retângulo escuro é que apesar de ser exibido como tal, “Antiga Alegria” não é cinema. “Antiga Alegria” é uma canção folk filmada. Uma dessas que a aMérica nos dá em profusão. Poderia até ser escrita por Will Oldham (conhecido também como Bonnie “Prince” Billy), que intepreta um dos personagens. Mesmo que os 76 minutos sejam prazerosos, a história contada neles não se encaixa na tela grande. É pequena demais, sengela demais, particular demais. Perfeita, para uma folk song.

“Cashback” (Sean Willis, 2006) – Nota 8,0
“Cashback” é uma comédia romântica estranha. Tem mocinho, mocinha, conflito, citações de cultura pop bem encaixadas, e, claro, tem final feliz. Mas o personagem principal é um insône, que consegue parar o tempo. E a mocinha é a caixa do supermercado onde se passa a maior parte do filme. E o filme não chega a explicar por que o cara consegue parar o tempo e porque ele perde a capacidade de dormir. E também não chega a desenvolver a relação entre os protagonistas, tudo acontece sem mais explicação. Mas é divertido, dá esperança (como uma boa comédia romântica deve dar) e é extremamente bem filmado nas cenas em que o tempo pára.

“A Via Láctea” (Lina Chamie, 2007) – Nota: 9,0
É um filme-poesia. Se compromete muito pouco com a linearidade e te ganha por isso. Merece ser revisto quando chegar ao circuitão.

“Império dos Sonhos” (David Lynch, 2006) – Nota: 8,0
Nem quem (diz que) entendeu os outros filmes de Lynch vai conseguir encarar “Império dos Sonhos” e sair perfeitamente normal da sala de cinema. Filmado todo em digital, o filme manda qualquer idéia de se contar um história (a primeira meia hora até tenta) às favas e delira ( e apavora) por quase 2h30 de projeção. Instigante, no mínimo.

“O Expresso Darjeeing” (Wes Anderson, 2007) – Nota: 9,5
É o melhor filme Wes Anderson. Tem todas as boas características de seus outros filmes (o humor nerd, os personagens excêntricos, as citações de cultura pop, o mesmo grande time de atores, a fotografia colorida e inusitada), só que no caso tudo é bem amarrado e menos forçado do que nos seus outros filmes. E ainda tem o tão falado curta “Hotel Chevalier” com Natalie Portman nua de aperitivo.

“Em Paris” (Christophe Honoré, 2006) – Nota: 4,5
É ligeiramente divertido. E só. O filme se perde várias vezes nunca história pequena demais para se perder.

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